Campo Grande (MS) –Com obras nos 79 municípios, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) sente o impacto dos bloqueios nas rodovias. O secretário da pasta, Helianey Paulo da Silva, diz que a conclusão de obras pode atrasar.
Algumas estão paradas. É o caso da restauração asfáltica da rodovia MS-040 em Campo Grande. A empresa responsável paralisou a obra por conta da interdição da pista por caminhoneiros.
Em nota à Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), a Teccon S/A explica que estava sendo impedida de transitar com caminhões, equipamentos e receber insumos necessários para a execução dos serviços.
A situação é a mesma em Bonito (a 265 quilômetros de Campo Grande). Sócio-proprietário da Nautilus Engenharia, Giancarlo Camillo, detalha que a empresa tem dificuldade em concluir a pavimentação da antiga Estrada do Curê por conta de um bloqueio. “Tenho caminhão preso em Sidrolândia”.
Segundo ele, as empreiteiras encontram três problemas para dar continuidade às obras durante esse período de manifestações dos caminhoneiros: falta de combustível, de insumos, e o bloqueio que impede o tráfego de caminhões.
De acordo com o titular da Seinfra, os bloqueios podem afetar também as obras de habitação, abastecimento de água e saneamento e de fornecimento de gás natural. Já o diretor-presidente da Agesul, Emerson Pereira, alerta que mesmo após o fim da greve levará um tempo para os serviços serem normalizados.
Paulo Fernandes – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)
Fotos: Edemir Rodrigues