Campo Grande (MS) – O Governo do Estado retoma nos próximos dias a obra de implantação de 40 km da MS-228, entre a Curva do Leque (trevo com a MS-184) e a Fazenda Alegria, no Pantanal de Corumbá. A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) executou no final do ano passado o serviço de aterro no trecho, de grande concentração de areia, e aguardava a liberação de licença ambiental para cascalhamento da via.
Em reunião com o secretário estadual de Infraestrutura, Murilo Zauith, e os chefes das regionais da Agesul, na manhã desta terça-feira (22.01), o governador Reinaldo Azambuja pediu prioridade na conclusão da obra, que atende a uma grande parcela de produtores rurais e também o turismo na região da Nhecolândia. Apenas um leilão local comercializa mais de cinco mil bovinos/mês e os pecuaristas dependem da estrada para transportar o gado.
O secretário Murilo Zauith informou que a demora no licenciamento ambiental para extração do resíduo de minério a ser usado na compactação da estrada motivou a alteração no cronograma da obra, onde o Governo do Estado investe R$ 8,5 milhões, com recursos do Fundersul. A licença ambiental foi liberada no dia 15 de janeiro e a extração do minério será feita em uma área no distrito de Albuquerque, a 50 km da Curva do Leque.
A Agesul está providenciando uma balsa de maior estrutura para atender ao grande volume de minério a ser transportado, na travessia do Rio Paraguai, no Porto da Manga. O chefe da residência da agência em Corumbá, Luiz Anache, informou que o transporte de material será solucionado o mais breve possível. “O trecho da obra está dificultando o acesso de veículos porque formou uma caixa de areia na pista, apesar da manutenção que fizemos”, explicou.
Rota Pantaneira
Além da implantação de 40 km da MS-228, a partir da Curva do Leque, o Governo do Estado executa outros 19 km da mesma rodovia entre a Vazante do Castelo e a fazenda Conceição, interligando Aquidauana e Rio Verde. Também foram implantados com aterro 34 km da MS-423, descendo a Serra da Alegria (Rio Verde) até a fazenda Morrinho (Corumbá).
Os investimentos na Rota Pantaneira ultrapassam R$ 40 milhões e está projetada também a implantação da MS-214, interligando os pantanais do Paiaguás e Nhecolândia, a partir de Coxim,até a ponte de concreto sobre o rio Taquari. Numa segunda etapa, será implantada a estrada que liga a ponte à Serra da Alegria, completando uma logístic que vai tirar o homem pantaneiro do isolamento, fomentando a pecuária e o turismo.
Texto: Sílvio Andrade – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)