Com a trégua da chuva, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) pode retomar os serviços de manutenção nas estradas de Mato Grosso do Sul. A conservação é realizada nos mais de 15 mil quilômetros de malha rodoviária estadual, onde são executados rotineiramente os serviços de raspagem, encascalhamento, conformação da pista (nivelamento mais complexo), tapa-buraco, roçada, remendos profundos, entre outros, que garantem a trafegabilidade de motoristas e escoamento de insumos.
Rodovias não pavimentadas ou com revestimento primário, que somam mais de 8 mil quilômetros, são as que mais sofrem nessa época do ano, quando as chuvas são constantes. Mas os estragos também afetam as rodovias pavimentadas e o serviço de tapa-buraco é fundamental para garantir o tráfego.
“Nesse período de chuvas constantes é muito difícil realizar a manutenção das estradas. Em alguns locais, como as estradas não pavimentadas, não conseguimos nem mesmo entrar com o maquinário. Mas as equipes da Agesul estão trabalhando de forma intensiva para aproveitar os momentos de sol”, explicou o diretor de Manutenção Viária da Agesul, Mauro Azambuja Rondon.
Além de regiões como Bonito, Jardim e Caracol, a Agesul iniciou o tapa-buraco em trechos críticos da rodovia MS-377, que liga as cidades de Inocência e Água Clara. Em Maracaju, na MS-157, equipes da Agesul também fizeram a recuperação de parte da pista.
Com as fortes chuvas e um fluxo diário de mais de 350 carretas de calcário, o pavimento da MS-384, em Bela Vista e Antônio João, ficou bastante deteriorado. O trabalho por lá tem sido intenso, conforme informou o coordenador das regionais da Agesul em Jardim e Bela Vista, o engenheiro Edmílson Escobar.
A regional de Campo Grande também iniciou o serviço emergencial de tapa-buraco na MS-040, rodovia que sai da Capital e vai até Santa Rita do Pardo. Na MS-386, no Posto Taji, em Amambai, as equipes da Agesul precisaram trabalhar sábado e domingo para aproveitar os dias de sol e conseguir finalizar o tapa-buraco.
De chão
Na mesma região de Amambai, mas nas estradas não pavimentadas, o trabalho foi uma verdadeira corrida contra o tempo para garantir escoamento de safras, como a de soja. Segundo a meteorologia, choveu mais de 200 milímetros em cinco dias, no fim de janeiro, e os estragos foram imensos.
Em Amambai, como em outros locais, a Agesul está atuando de forma permanente e insistente para garantir as melhores condições de trafegabilidade na zona rural, executando serviço de raspagem e encascalhamento. Conforme o gerente da 11° Regional da Agesul, o engenheiro civil Gilson Marcos da Cruz Filho, a Agência mantém frentes de trabalho na rodovia MS-289, entre Amambai e Juti, na MS-486 e na MS-485.
Próximo a Costa Rica, na MS-135, a equipe da Agesul realizou a manutenção da estrada de chão com patrola, para nivelar a pista. Na MS-134, em Nova Andradina também estão sendo feitos os reparos de manutenção na pista.
Inúmeras pontes de madeira, em todo Estado, estão recebendo os serviços de recuperação pós chuva para garantir a passagem dos veículos. Na MS-322, em Paraíso das Águas, a Agesul recuperou a ponte sobre o Córrego São João e a mesma equipe trabalhou para reparar duas pontes na MS-229, em Chapadão do Sul: sobre o Córrego Lageado e sobre o Rio Indaia.
Já na rodovia MS-382, no trecho entre Bonito e Naitaca, a ponte de madeira sobre o Córrego Três Morros apresentou falhas na estrutura, devido a quantidade de chuva e a Agesul já realizou a manutenção das madeiras.
Luciana Brazil, Seinfra/Agesul
Fotos: Agesul