Que o Parque dos Poderes está mais bonito não é novidade para ninguém, mas quem transita pelo complexo talvez não percebe o resultado de uma importante intervenção realizada para recuperar o principal cartão postal de Campo Grande: o lago maior do Parque das Nações Indígenas.
Há aproximadamente dois anos, quem passava pela Avenida do Poeta, próximo à rotatória do condomínio Beirute, via a erosão na cabeceira do córrego Joaquim Português, que avançava à medida em que a urbanização e o povoamento se intensificavam aos arredores.
A erosão chegou a ter 140 metros de comprimento, 40 metros de largura e, algumas partes, o buraco chegava a ter 6 metros de profundidade. O sedimento que saia do local que fica dentro da reserva do Parque Estadual do Prosa parava no lago do Parque das Nações, causando o assoreamento que ganhou as manchetes dos jornais em 2019. De lá para cá uma série de ações foram adotadas para impedir que o sedimento continuasse a descer.
Uma dessas ações foi a obra de contensão da erosão no Joaquim Português. Foram meses de trabalho ininterruptos que foram realizados no mesmo período que a reforma do Parque dos Poderes. “Entre os compromissos que assumimos para devolver o lago cheio para a população estava o de conter a erosão em uma das nascentes que desaguam no lago e assim fizemos”, recordou o governador Reinaldo Azambuja.
Entre as principais intervenções executadas na obra, foram assentados 64 tubos de concreto armado de 1,20m de diâmetro e 32 de 1,50m de diâmetro na área da erosão e para evitar que a água da chuva caísse direto na cabeceira do córrego, formando nova erosão, foi construída uma “bacia de acumulação”, ou “piscinão”, no outro lado da Avenida do Poeta. Foram investidos R$ 4.765.214,44, de recurso do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), para que hoje o cenário estivesse diferente.
Para recuperar a vegetação levada com o tempo, o Governo do Estado concluiu os trabalhos com o plantio de mudas onde foi realizada a obra. “Maior do que executar a obra foi poder recuperar aquela área que hoje está verde. Além disso, ter o lago do Parque das Nações de volta. Engenharia é melhorar a vida das pessoas e também contribuir com o meio ambiente”, concluiu o secretário de Estado de Infraestrutura, Renato Marcílio.
Joilson Francelino, Seinfra
Foto destaque: Chico Ribeiro