Campo Grande (MS) – Dando continuidade à implantação do novo modelo de gerenciamento da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, realizou na manhã de hoje (29), no auditório da Agraer, um encontro com os empreiteiros prestadores de serviço, para falar sobre o tema. “Essa reunião busca integrar a relação entre contratante e contratado. Trata-se de uma abertura de diálogo onde queremos tratar os assuntos de forma coletiva, estabelecer critérios de trabalho e fortalecer as empresas. Todos os contratantes tem suas obrigações e direitos, e devem ser tratados de forma igual. Essa é a base da relação saudável, que queremos construir”, disse Miglioli, na abertura do evento.
Durante o encontro foram apresentados os quatro componentes considerados ideais para construção de uma boa relação entre empreiteira e Estado: cadastro; carta convite, tomada de preço e concorrência; contrato e execução. De acordo com o secretário o cadastro atualizado é necessário para que o Estado tenha noção do tamanho de cada empresa, da capacidade de cada uma e qual o viés que ela trabalha. Com relação a carta convite e tomada preço, que é uma questão legal, Miglioli informou que a atual administração não tem medido esforços para digitalizar todas as informações, o que implica numa grande redução de custos. “Na relação entre contratante e contratado é primordial deixar claro que todas as obras da Agesul em licitação tem recursos garantidos, ou seja, ninguém ficará sem receber. No tocante as obras realizadas com recursos federais temos tido o cuidado de só deixarmos que as empresas assumam após a garantia do recurso. Jamais vamos permitir que uma empresa assuma uma obra sem que ela tenha garantia de pagamento”, completou.
No quesito execução, além de ressaltar a importância das normas de direito, segurança do trabalho e qualidade, foi destacada a rigorosidade da fiscalização e da penalização. “Hoje o papel mais forte que temos é o da fiscalização, onde investimos muito com cursos de capacitação e revitalização. Se antes não fazíamos a penalização, nesta gestão isso vai acontecer, não vai ser fácil mas vai ter que acontecer. Eu no entanto acredito que se todo mundo entender o que é de direito e dever de cada um, nós iremos trabalhar com tranquilidade”.
O lema do novo modelo de gestão da Agesul é o do ‘fazer engenharia’ com responsabilidade. “Nós queremos resgatar a engenharia e apesar da pressão que estamos sofrendo para realizar obras, todas elas estão sendo feitas com a contratação de um projeto executivo, pois ter um bom projeto não significa ter uma boa obra, mas um projeto ruim é a certeza de que não teremos uma boa obra. É importante que as empresas saiam da reunião com a consciência de que a qualidade é primordial e da nossa parte, não mediremos esforços. Já estamos providenciando as estruturas que nos faltam, como o laboratório de solos que teremos na Central, pois queremos além de uma fiscalização atuante, eficiente”, finalizou.
Texto: Raquel Pereira
Fotos: Moisés Silva