Campo Grande (MS) – Em cinco meses de execução, as obras de drenagem da Avenida Euler de Azevedo já foram 90% concluídas. Os serviços de drenagem são os primeiros a serem realizados na obra e garantem a qualidade da mesma, mas são os trabalhos que provocam um certo descontentamento da população que nada vê. “O que estamos fazendo na Euler na verdade e é prioritária são as obras de drenagem, obras enterradas e que demandam um certo tempo. Neste aspecto é importante ressaltar que pelo fato da Euler ser importante no tráfego da Capital, não podemos tumultuar o trânsito mais do que o necessário. Às vezes as pessoas reclamam que a obra não está andando mas é porque a drenagem não é vista, é a parte que ninguém vê”, esclareceu o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli.
A obra de readequação da capacidade de tráfego da Avenida recebe investimentos da ordem de R$ 14,7 milhões por parte do Governo do Estado e contemplará 4,5 quilômetros. A ordem de serviço aconteceu no final de julho deste ano e a previsão de término é para julho de 2017. Para dar celeridade aos serviços, a revitalização da via foi dividida em dois lotes que conta com duas frentes de trabalho executadas por empresas diferentes, contratadas por licitação. O primeiro lote conhecido como urbano vai da Avenida Presidente Vargas até a Cepaer (Centro de Pesquisas da Agraer) e o lote 2, ou rural, segue do Detran/MS até o entroncamento da MS-080.
A média de conclusão dos serviços de drenagem totaliza 90%, sendo 90% no lote 1 e 85% no lote 2. Os 10% faltantes referem-se a um pequeno trecho do lote 2 e à travessia do Córrego Imbirussu no lote 1, um trechos mais delicados da obra e onde recentemente foi realizado um aterro que funciona como caminho de serviço, paralela a a Euler, que favorece o acesso a mesma quando não se pode transitar dentro dos trabalhos que estão sendo executados. “Para a conclusão da travessia do Imbirussu, o tráfego deverá ser interrompido sendo necessário o desvio do fluxo, e o local para esse desvio ainda está em estudo. Esta parte exige muitos cuidados técnicos, por se tratar de um grande volume de terra movimentada no local, além de ser um via de intenso tráfego de veículos e pelo transtorno que o fechamento da via poderá causar. Outra aspecto que estamos considerando aqui é a questão climática. Nós não iremos mexer nessa travessia no período de chuvas, porque isso seria um risco e o que levaria 45 dias para ficar pronto pode se estender. Esse é um dos trechos mais delicados ”, explicou Miglioli.
Enquanto a pavimentação aguarda para ser executada no lote 1, no segundo lote que perfaz dois quilômetros, já existem 1,3 quilômetros aptos para receber o pavimento do lado direito da pista. “Temos que ter alguns cuidados nesta época de chuvas e não podemos, por exemplo, começar a parte de recapeamento com o pavimento molhado, mas assim que o tempo firmar já daremos início”, disse o fiscal da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), Raimundo Nonato de Menezes, responsável pela obra.
Mesmo com os contratempos climáticos o prazo para entrega da revitalização da Euler de Azevedo segue dentro do cronograma. “Nós temos tido muitos cuidados técnicos com essa obra para que ela não dê problemas no futuro. O prazo está mantido e a obra dentro da programação. Não cogitamos em nenhum momento modificar isso”, finalizou o secretário de Infraestrutura.
Texto: Raquel Pereira
Fotos: Moisés Silva / Divulgação